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(fotografia de Tiago Pedro Silva)Era Primavera, e as árvores voaram para os seus pássaros.Paul Celan - “Arte PoéticaO Meridiano e outros textos”Tradução de João Barrento e Vanessa Milheiro – Pág....
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Os meus filhos, disse o mestre,sabem duas coisas.(Duas coisas é maneira de dizer.)Sabem:o mundo é grande como deve ser;também é da nossa medida.(E pensava com algum descanso:há sempre tempo para...
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Cântico antigoTem coisas estranhas o quintal da minha amada. Ontem à noite, dormia. Esquisito. E delicado.De manhã, viam-se meruges esquivas, verdes bonitas flores brancas. Alegres.E algumas lágrimas.É...
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(Picasso) Mãe! Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei! Traze tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue...
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A rosa é sem porquê(Angelus Silesius)Sou podador de roseirasvejo as folhasafasto-me um bocadinhoolho as rosas devagar.Não, não sei podar as rosassou jardineiro de ver as árvores e os pássaros nas...
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(Fotografia do Tiago)Por onde andas?A entrelaçar o silêncio e as palavrasfermento fundido na massa do pão.A olhar a ausência como ouve as palavras.Quando vieres traz vinho para a refeiçãorosto da tua...
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(Texto anterior alterado)Andamos a entrelaçar o silêncio e as palavrasfermento fundido na massa do pãoolhos mar solausência a saber ouvir as palavras.Quando vieres traz vinho para a refeiçãorosto da...
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Existem na montanha árvores heroínas, plantadas sobre o vazio, medalhas no peito dos precipícios. Subo todos os Verões para visitar uma delas. Antes de me ir embora, encavalito-me no seu braço sobre o...
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O eremita meditava no fim da tarde, as ervas a entrarem-lhe no peito. O tempo era tranquilo e o chão grande. E, porque nas palavras de todos os dias era sempre cuidadoso e pequeno, às vezes, antes de...
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Quando morre o Sol começa outro a nascer.São assim os dias. Do tamanho de cada Sol.Vemo-lo a ficar grande a dar luz às palavras.No tempo escuro, começam outras palavras.O Sol conhece a fonte das...
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O eremita (continuação de 29.1.20)Conhecia o cheiro das flores e a maneira como os aromas andavam no bosque de mistura com as folhas. Eram pontas de luz de cores misturadas. Se precisasse de falar,...
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O eremita (continuação)Como quem reza, era assim que percebia os ritos. Sóbrios. Só assim tinham a solenidade necessária. Ficava sentado em sítio sozinho. A libertar-se do que não era bom.Gostava de...
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“A rosa é sem porquê” *O eremita meditava no fim da tarde, as ervas a entrarem-lhe no peito. O tempo era tranquilo e o chão estava grande. E, porque nas palavras de todos os dias era sempre cuidadoso e...
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Vestem lantejoulas e falam e falam.Temos homem, temos mulher; assim é que é.O gato anda divertido a murar as toupeiras do quintal, que das gralhas há muito se desinteressou.Sabedores velhos são os...
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“A rosa é sem porquê” *Sorria ao pensar na morte.Às vezes, era visto a rezar como quem segura na mão uma flor em dia de vendaval.As palavras não lhe fugiam, as dúvidas é que o atormentavam. Estava...
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“A rosa é sem porquê” *O eremita meditava no fim da tarde, as ervas a entrarem-lhe no peito. O tempo era tranquilo e o chão estava grande. E, porque nas palavras de todos os dias era sempre cuidadoso e...
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Se não tinha para onde ir, deixava-se quieto. Perguntavam-lhe o que tinha.- Os caminhos são como o Sol.Ficava assim, rico de coisas pequenas, quietude na casa perfeita.- As nuvens é que são migrantes....
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Às vezes ficamos com palavras a girar na boca como “um caroço de azeitona”, à maneira de Erri de Luca*.Estes dias, e também suas festas e estações, puseram-me a ler Simone Weil:“Entre dois homens que...
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“O corpo é o lugar da revelaçãodesejo sem fimque nos transporta aos outros…”Egito Gonçalves – “Os pássaros Mudam no Outono”
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Visto em:https://gazetadepoesiainedita.blogs.sapo.pt/yvette-k-centeno-mais-gatos-192784YVETTE K. CENTENO - MAIS GATOSde novo no Jardim,desta vez foram romãs,colhidas antes de tempomas já nos ramos mais...
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